Ver e viver arquitetura

Viagem a São paulo

Novembro 2009

Residencia do Arquiteto - Vilanova Artigas







Uma “casinha” encantadora que demonstra que desde o menor detalhe o domínio do arquiteto sobre a escala.
Construída em 1942, cinco anos após ter se formado como arquiteto-engenheiro, já havia executado cerca de 40 casas em sua construtora (Marone e Artiga), no entanto é nessa obra que identificamos uma liberdade projetual, já que estava construída pra si.
O aconchego é imediato ao permear pelo espaço desde a implantação feita em 45° com o terreno proporcionando uma perspectiva diferente para as fachadas. Ao entrarmos na casa percebemos uma dinâmica diferente do espaço e visualizamos a dimensão verdadeira da área, uma dimensão perfeita, na escala ideal, mínima e confortável para a ocupação.
É também um marco para arquitetura, pois nela já se percebe vislumbres da futura arquitetura moderna que ocuparia o mundo e São Paulo.
Desaparece a separação entre áreas nobres e não nobres e suas divisórias. Essa mudança na morfologia da casa determina uma planta sem divisões internas onde as paredes são apenas vinculadas a estrutura.
O eixo estrutural no centro da casa separa e confunde os usos da residência, assim como os níveis e o mobiliário. Nele encontramos toda a infra-estrutura necessária a residência, do encanamento a lógica, e também a lareira que também funciona para aquecer o banho.
É simplesmente fantástica a desenvoltura do projeto em torno do ocupante. É tudo de uma beleza delicada, graças à sutileza do material e a intenção do projeto.










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