Ver e viver arquitetura

Viagem a São paulo

Novembro 2009

O roteiro

Seguiremos o roteiro, falaremos mais de um, menos de outros, enfim, um texto que demonstraria o caminhar do olhar no período.




1º dia


Chegada antecipada, uma viagem complicada e desconfortável. Um bom café da manhã para acordar, o olhar tem que estar preparado...
Primeira parada


            - SESC – Pompéia


            - FAU – USP


            - Feira do Livro


A primeira noite na cidade, e a necessidade de conhecê-la também.
Estar no centro dá e não muitas oportunidades, permear em ruas famosas e consagradas por músicos e poetas causa realmente emoção?
Hoje causa medo, andar por uma cidade tão dinâmica, que quando escurece mostra uma face triste de renegados pela sociedade seres humanos largados em praças, extasiados por drogas, derrubados pela dificuldade da vida.
Ver essa situação causa um embrulho no estomago, e amplifica a sensação de impotência nas mãos.
Resta-nos apenas fingir não se deixar abater entrar num seguro bar onde a cerveja é cara e gelada para podermos conversar sobre as delicias da vida.


2º dia


            - Residência do arquiteto


            - Parque modernista


Almoço na liberdade, lá a sensação de se entrar em um portal para outro lugar, onde as pessoas se comportam diferentemente.
Uma cultura totalmente estrangeira, viva, e adaptada a grande metrópole do Brasil.


            - Centro Cultural São Paulo


3º dia


            - Sala São Paulo


Todo o contraste existente dentro da estação Julio Prestes também é perceptível do lado de fora. O luxo e a pompa do de um centro cultural frequentado pelas classes mais abastadas, que se fecham para a cidade, esquecendo ali cresce uma população que frequenta o descaso e a falta de perspectiva de qualquer futuro.
É verdade que a autoridade administrativa tem feito intervenções para transformar a cidade de São Paulo em um pólo cultural no país, de maneira justa ou não.
Tem promovido a revitalização do centro, colocando a baixo patrimônio para reconstruir uma São Paulo que exale cultura, mas não a cultura rica e ampla que é brasileira, mas uma cultura mundana, que poderia estar em qualquer lugar.
Mas é essa a cara de São Paulo?
Não queremos que a cidade precursora no interior do País conte nossa história?
E se pra construir complexos culturais for preciso desabrigar e marginalizar mais ainda a sociedade, negar ainda mais a cidade e sua relevância na transformação cultural, então não se estará construindo, e sim destruindo o país.


            - Parque da juventude


            - Teatro oficina - Espetáculo: Cacilda!


4º dia


Andar pelo centro de São Paulo é um desafio quando o intuito é observar a alta arquitetura. Todos agarrados as bolsas blocos de anotação e câmeras fotográficas.


            - Edifício Copan


            - Sede do IAB-SP


Na continuação do trajeto no centro temos apenas uma certeza de quão diversa é o centro dessa cidade, podemos elencar inúmeros monumentos que deviam ser citados, como prédios residenciais, institucionais e até comerciais, hoje sucateados ou não, mas que é sim um marco na evolução da arquitetura no país.
De ecléticos a modernos permeamos por uma seqüência de obras que se perdem na selva de concreto que se tornou o centro tão diverso, não se esquecendo também da presença humana que chama mais atenção, pessoas do País inteiro, do mundo, ali no mesmo espaço, modificando a paisagem, seja em quantidade ou na sua atividade.


            - Praça do Patriarca


Almoçar no mercado de São Paulo é provar do aroma de uma gama gigante de especiarias ao mesmo tempo. É provar o gosto do concreto e do ferro que compõe um conjunto arquitetônico de belíssima impressão e magnitude.
Ah! O bacalhau e a mortadela... (deu até fome)


            - Conjunto nacional


5º dia


Enfim a Avenida Paulista vindo da consolação para nossa primeira parada observamos uma grandes arquitetos renomados competindo pela exuberância e as vezes extravagância do projeto. Mas é uma perspectiva que chama a atenção, dois gigantes, o vão do MASP (Lina Bo Bard) enquadrando o edifício da FIESP (Rino Levi)


            - MASP


            - MuBE


            - Galeria Leme


            - Casa Paulo Mendes 


            - FAU – USP (rua maranhão)


6º dia 


- Praça Victor Civita


            - Ibirapuera


            - 8º BIA


            - Debate: Patrimônio e Espaços Urbanos – Jacques Herzog

7º dia
            - Palestra Herzog (escola de dança) FAU-USP


Definitivamente um dia de chuva, que transforma a cidade em um caos maior ainda, mas deixa a cidade mais graciosa, pois o cinza das nuvens compõe lindamente a malha de concreto espalhada por todo lado.


            - Edifício Harmonia, Typique


            - Pinacoteca do Estado

Depois de um congestionamento de duas horas, evento que também é patrimônio da cidade, a despedida e nada melhor que uma boa cerveja na vila madalena.

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